Ecos de Narciso
Pedro é um homem solitário, atormentado pelo seu passado, e que alterna entre momentos de introspecção e outros de intensidade tempestuosa. Gabriela é uma mulher recém-divorciada, em busca de resgatar algo que abandonou no passado. Quando Pedro entrega a Gabi um envelope indistinto contendo histórias de seu passado, ela inicia uma jornada de dor e libertação, encontrando na pintura sua cura. Pedro também tem sua jornada pessoal, e é justamente no passado que poderá encontrar algum tipo de saída e de restauro. Sim, havia ainda esperança para Pedro, este homem de pouca fé.
Em seu segundo livro, Ricardo Pimenta entrega novamente um texto repleto de referências filosóficas e artísticas, procurando destrinchar o mistério das relações humanas. Conflitos psicológicos e estranhezas sensoriais, que nos lembram de nossa condição humana, são explorados com arrojo e mordacidade pelo autor, em um exercício destemido e perigoso de busca pelo que nos move. Ecos de Narciso é um livro sobre a estética – particularmente, sobre como pintamos nosso mundo com nossas cores, para sempre procurando-nos naquilo que nos rodeia.
“Sou o deus que cria a essência que delega ao acaso importância.”
“Não é no reflexo triste e caricato do espelho que nascem os deuses?”