À noite o som da vida é calmaria
A alma desvanece na caligem
Esconde a tormenta, névoa fria
Um plácido delíquio, ou vertigem
Levanto, é madrugada, boca seca
Andejo agrilhoado até a cozinha
O estrépito anfêmero se achega
Aflito e contrafeito apresso o dia
Ó arquejo subitâneo, não me embosque!
Conceda-me indulto apenas hoje
Postergue ao dilúculo o achaque
Mas vejo fogo-fátuo vir de longe
Debalde assevero-me: é embuste!
Desperto, entre o sátiro e o monge
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